A SAGA
DOS PROFESSORES NO CENÁRIO DA CORRUPÇÃO
#Professor;
#Corrupção, #Escolas #Alunos; “Educação; #Salário; #Governo; #Magistério
Num cenário político
vergonhoso e mergulhado em desvios, manobras escusas e corrupção absoluta,
chegam a causar estupefação os números apontados para cada furto do dinheiro
público, esse dinheiro suado que conquistamos com nosso trabalho e que, obrigatoriamente,
temos que pagar ao governo através dos impostos absurdos que são cobrados no
Brasil. Falam-se em milhões, bilhões de reais distribuídos em propinas e contas
no exterior, surrupiados do povo, anos a fio, para a farra dos políticos e
respectivos partidos.
E a cada dia, quando lemos os
jornais ou assistimos à TV, torna-se inevitável não pensar nas péssimas
condições da saúde no Brasil e, sobretudo no falido sistema educacional, que
reclamam suportes urgentes.
E é notório que uma das mais
importantes funções da escola deve ser a de formar indivíduos pensantes,
questionadores, contestadores, capazes de formar seu próprio convencimento. Porque
a educação verdadeira é libertadora e deve brotar do próprio educando orientado
convenientemente pelo Educador.
Mas ao sistema de governo corrupto
não interessa que as pessoas se desenvolvam, que evoluam, porque indivíduos
pensantes podem colocar em risco o próprio sistema de corrupção montado para se
perpetuar.
E que tipo de educação está
sendo oferecido para nossas crianças e jovens?
Uma educação de péssima
qualidade, com escolas deterioradas e insuficientes e professores desprezados,
maltratados e incapazes até mesmo de evoluir e se reciclar.
Somam-se a esse quadro
deplorável o péssimo critério da progressão automática e as regras que tornaram
proibitiva qualquer medida pedagógica para correção de comportamentos indevidos
por parte do aluno.
A progressão automática que
deseduca e só interessa a um governo preocupado com manobras para enganar ao
povo, serve apenas para divulgação da “redução” do número de analfabetos no
país, enquanto, na verdade, cria um número absurdo de analfabetos funcionais.
São alunos que chegam à terceira série sem sequer saber ler e escrever corretamente
e que precisam ser alfabetizados quando, já na terceira série, teriam que
aprender inúmeras outras coisas.
Mas ao sistema é conveniente
porque mantém “bom” o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), um
índice que sugere, enganosamente, a universalização de uma educação que não há.
Alunos chegam, hoje, ao ensino
médio, sabendo ler e escrever, mas totalmente incapazes de redigir com
perfeição, de interpretar um texto, de escrever uma boa redação. Porque é isso
que interessa à manutenção do Poder vigente. E que chegam às Faculdades
carregando erros grosseiros e sem saber sequer escrever com correção a língua de
seu País.
Quanto ao sistema de controle,
são professores que não dispõem de qualquer medida corretiva ante
comportamentos absurdos de alunos, a que não podem corrigir pedagogicamente.
São professores que têm que calar e aceitar sem qualquer restrição o aluno que
debocha dos outros, o aluno que agride outros alunos e até os professores, o
aluno que desrespeita ostensivamente os educadores, o aluno, enfim, que
apresenta comportamentos antissociais, desrespeitosos e até, por vezes,
criminosos, que servem de espelho defeituoso para os demais. Sem rédeas não se
pode orientar o caminho de ninguém.
São professores que se
deparam, muitas vezes, com alunos famintos, sem ter uma merenda decente para
oferecer.... São professores-heróis, que lutam para ensinar em escolas caindo
aos pedaços, sem qualquer estrutura mínima decente.
E aí se apregoam histórias de
superação, de professores que caminham léguas para ensinar e dão aulas em
escolas em que a chuva inunda as salas.
Ou em alunos que caminham léguas em lombo de burro ou atravessam rios
para chegar à escola, como se o sacrifício de professores abnegados ou a
coragem e persistência de alunos interessados fossem os paradigmas do que deva
ser a educação neste Brasil.
E nesse contexto social e
econômico deteriorado, sem escolas de qualidade, sem professores bem preparados
e capacitados para seu mister, que sobrevivem sem a necessária e justa
remuneração e respeito, os políticos e governantes continuam mamando nas tetas
gordas das propinas de que se apropriam mais e mais, desviando todos os
recursos que poderiam ser aplicados em saúde e educação neste País tão carente
de ambos.
Paralelamente vão-se incentivando
mutirões para pintar escolas e a difusão daquele velho jargão de que se pode educar
com poucos recursos. E de que o professor pode fazer alquimia com alguns vidros
vazios, uma vela, um potinho de água, algumas garrafas, caixas de papelão e,
pronto, como num passe de mágica, já tem um verdadeiro laboratório de química.
Que se plantando um caroço de feijão em um algodão umedecido, pode-se
transmitir noções de ciências.
Enquanto isso, o Magistério,
neste nosso País, continua sendo desrespeitado e tratado como uma profissão
desimportante, de segunda categoria.
Os professores espoliados por
salários aviltantes, sem direitos outros, sem respeito e sem segurança e condições
de trabalho ou de alçar voos mais altos, porque escravos de planos de carreira
inexistentes ou ridículos, do sucateamento das escolas, da impossibilidade de
prosseguirem em seus próprios estudos para aquisição de uma melhor formação profissional,
da total inexistência de infraestrutura e de material didático. E, o que é pior, sendo responsabilizados pelo fracasso
escolar, fruto exclusivo das péssimas políticas públicas de educação, que
desviam valores do orçamento da educação – que já é insuficiente – para
inexplicáveis destinos outros, numa infindável sucessão de roubalheiras e corrupção.
E o (des)governo segue dando
ao povo pão e circo, disfarçados de bolsas-esmola e discursos inflamados de um
governo “para o povo”, que, na verdade, só quer controlá-lo, manipulá-lo como
marionete de suas manobras populistas.
E se existem leis que garantem
a justiça, “eles” encontram um meio de burlá-las. Ou as modificam em prol de seus
mesquinhos interesses.
E chega a ser risível quando
ouço a propaganda “Brasil, Pátria Educadora! ”
E vendo e ouvindo essas cifras
de bilhões que foram desviados em prol única e exclusivamente de interesses mesquinhos,
eu me pergunto quando é que realmente os governantes vão pensar no povo...
E me respondo que, diante de
tanta corrupção sendo desmascarada na nossa cara, todos os dias, quem sabe
ainda possamos ter esperanças!!!
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